Nilton é alvo de uma operação da Polícia Federal que cumpre nove mandados de prisão no Brasil e em Portugal pelo esquema.
O ex-secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Nilton Borges Borgato, foi preso na manhã desta terça-feira (19) por suspeita de participação em esquema de tráfico internacional de drogas. Nilton é alvo da Operação Descobrimento da Polícia Federal que cumpre nove mandados de prisão no Brasil e em Portugal pelo esquema.
Além das prisões preventivas, 46 mandados de busca e apreensão também são cumpridos.
O advogado de Nilton Borgato, Luiz Derze, disse que ainda não teve acesso ao processo e que o mandado não faz menção ao que está sendo investigado. Ele afirmou que Nilton está a disposição da Justiça e que a defesa está em busca de ter acesso aos autos.
O ex-secretário está na Polícia Federal e deve ser encaminhado para o Centro de Custódia de Cuiabá (CCC) enquanto aguarda o agendamento da audiência de custódia.
Borgato foi preso no apartamento em que ele mora, no bairro Jardim Aclimação, em Cuiabá. Nilton assumiu a Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação em janeiro de 2019.
Ele deixou a secretaria em março deste ano para se tornar pré-candidato a deputado federal pelo PSD. A exoneração foi no dia 31 de março e a publicação foi no dia 1° de abril.
Por meio de nota, o Diretório de Mato Grosso do Partido Social Democrático (PSD) informou que tomou conhecimento das medidas judiciais contra o ex-secretário Nilton Borgato através da imprensa e que vai aguardar o desenrolar das investigações antes de tomar qualquer decisão.
Nilton atua na gestão pública desde 2001, quando foi secretário municipal em Porto Esperidião de 2001 a 2008, em seguida atuou como prefeito de Glória D’Oeste de 2009 a 2016, também foi presidente do Consórcio Intermunicipal de Saúde de 2009 a 2012 e assessor especial da vice-governadoria, entre 2017 e 2018.
Também é cumprido mandado de busca e apreensão na casa do advogado e lobista Rowles Magalhães. O g1 também tenta localizar o advogado.
A operação
Nove mandados de prisão são cumpridos na Bahia – onde a operação foi iniciada –, em São Paulo, Mato Grosso, Rondônia e Pernambuco.
Outras duas prisões preventivas são cumpridas em Portugal, nas cidades de Porto e Braga. cumpridos e Portugal. No Brasil, também foram decretadas medidas de apreensão, sequestro de imóveis e bloqueios de valores em contas bancárias dos investigados. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Federal de Salvador e pela Justiça portuguesa.