Na manhã desta quinta-feira, 10 de julho, uma força-tarefa composta pela Polícia Federal, Controladoria-Geral da União (CGU), Receita Federal e Ministério Público Federal (MPF) deflagrou a Operação Casa de Ouro. A ação visa investigar a suposta participação de conselheiros do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS) em um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro.
Mandados de Busca e Apreensão
Por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ), foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão em Campo Grande. Os agentes investigaram imóveis ligados a empresários suspeitos de envolvimento no esquema. A operação mobilizou 28 policiais federais, procuradores do MPF, servidores da Receita Federal e dois servidores da CGU.
Contexto da Operação
A Operação Casa de Ouro é a terceira fase da Operação Mineração de Ouro, iniciada em junho de 2021. Esta, por sua vez, é um desdobramento da Operação Lama Asfáltica, que começou a partir de análises de grampos telefônicos. A Lama Asfáltica envolveu figuras importantes da política de Mato Grosso do Sul, acusadas de propinas, ilícitos administrativos, improbidade e peculato.
Operação Mineração de Ouro
Quando a Operação Mineração de Ouro foi deflagrada, a CGU informou que estava investigando um esquema de venda de decisões judiciais, enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro e contratação de funcionários fantasmas. O nome da operação faz referência à suspeita de que a aquisição de direitos relacionados à mineração de ouro tenha sido utilizada para lavar dinheiro.
Desdobramentos da Lama Asfáltica
A Operação Lama Asfáltica, que deu origem à Mineração de Ouro, teve um amplo alcance e envolveu diversos nomes da política local. As investigações revelaram um esquema complexo de corrupção que incluía propinas e desvio de recursos públicos. A operação foi um marco na luta contra a corrupção no estado.
Envolvimento dos Conselheiros do TCE-MS
Os conselheiros do TCE-MS são suspeitos de participar de uma organização criminosa que fraudava licitações e desviava recursos públicos. A investigação aponta que eles utilizavam laranjas e empresas de fachada para ocultar o dinheiro desviado. A operação busca desmantelar essa rede de corrupção e responsabilizar os envolvidos.
Reação do Tribunal de Contas
A reportagem do Estadão solicitou uma manifestação do TCE-MS sobre as investigações. Até o momento, o tribunal não se pronunciou oficialmente sobre o caso. O espaço permanece aberto para que o TCE-MS apresente sua versão dos fatos.