Após um violento ataque que deixou dez indígenas feridos em Douradina, no Mato Grosso do Sul, o Ministério da Justiça e Segurança Pública anunciou o envio de reforços da Força Nacional para a região. O ataque ocorreu no sábado, 3 de agosto, e envolveu ruralistas que dispararam contra os indígenas Guarani e Kaiowá.
Resposta do Governo
Em resposta às acusações de que a Força Nacional teria se retirado da área antes do ataque, o Ministério da Justiça esclareceu que os agentes estavam patrulhando outra área da mesma região no momento do conflito. Segundo a nota oficial, os agentes foram acionados e chegaram ao local para cessar o confronto, mediando um acordo entre os grupos envolvidos.
Situação Atual
O governo afirmou que a situação na terra indígena Lagoa Panambi está sob controle e que os acampamentos estão respeitando os limites estabelecidos. No entanto, mais agentes serão deslocados de outros estados para reforçar a segurança na região.
Apoio e Colaboração
O Ministério da Justiça está colaborando com o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) e o Ministério Público Federal (MPF) para intermediar o conflito. Patrulhamentos realizados na noite de sábado e na manhã de domingo não identificaram novas ocorrências.
Estado dos Feridos
De acordo com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), dos dez feridos, dois estão em estado grave, com ferimentos na cabeça e no pescoço. Eles estão internados em Dourados, recebendo acompanhamento médico.
Audiência de Conciliação
O ataque ocorreu às vésperas de uma audiência de conciliação no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o marco temporal da demarcação de terras indígenas. A reunião, coordenada pelo ministro Gilmar Mendes, contará com a participação de representantes dos povos indígenas, partidos políticos, Congresso, governo e outras entidades.
Reforço Contínuo
A Força Nacional continuará atuando na região conforme o planejamento dos órgãos apoiados, com o objetivo de garantir a segurança dos indígenas e respeitar suas culturas, evitando qualquer forma de violação dos direitos humanos.